A cada dia, podemos ver cada ver mais pessoas que se revoltam com medidas desfavoráveis ao meio ambiente. Alguns têm mais dó de um cachorro do que de uma pessoa. “É que a pessoa tem como sair de onde está, já o cachorro nem ao menos é racional!” ou então “Querendo ou não, se as pessoas se esforçassem poderiam arranjar emprego”. O problema é que isso não é verdade. As pessoas não têm como se ajudar se a mídia, que faz de tudo para manter o dinheiro nas mesmas mãos, faz com que a maioria delas não busque com tanto ardor um futuro melhor. As pessoas são educadas, nunca fazem escolhas próprias. Tanto quanto o cachorro que dorme dentro do seu quarto e come uma ração mais cara do que a renda disponível para comer para uma grande parte da população.
De fato, o meio ambiente não pode fazer nada se os poderosos o destroem. E é a casa deles. O grande consumo, que faz com que eles ainda tenham lucros, está alterando o clima em proporções que parecem pequenas para muita gente, mas são desastrosas, e estão ocorrendo muito mais rápido do que estariam se o homem não estivesse agindo. Cada vez mais percebemos que precisamos alterar nossa cultura de consumo para salvar o nosso planeta.
Uma dupla de designers desenvolveu um sistema de consumo que promove uma sustentabilidade sem igual. E não é necessário parar de andar de carro nem deixar a carne de lado, segundo a revista Super (“Vá às compras e salve o mundo”, por Sabine Righetti e Karin Hueck). A reportagem afirma que William McDonaugh, desinger americano, e Michael Braungart, químico alemão, escreverem o livro “Do Berço ao Berço: Repensando a Maneira Como Fazemos as Coisas” e o lançaram no próprio sistema que desenvolveram: as folhas são de plástico, o que permite que sejam lavadas e sejam impressas coisas novas.

Assim, o consumo exagerado pode deixar ecologistas felizes e começar a conscientizar as pessoas do direito que elas têm sobre as coisas do planeta. Se nascemos todos iguais, porque a matéria prima da tv tem que ser paga? Só temos a ganhar com essa nova proposta de consumo.
O problema é que as empresas não vão querer se responsabilizar pela reutilização. Tudo que diminua seus lucros sempre vai ter obstáculos. Por outro lado, empresas que reutilizam poderão ampliar ainda mais seu mercado consumidor, já que as pessoas estão super engajadas em proteger a arvorezinha. Mas quem sabe assim talvez as pessoas finalmente utilizem a razão para pensar sobre o direito à propriedade e verão que na natureza tudo é de todos e ninguém pode tirar proveito da matéria que lhe foi dada de graça, e apenas do seu trabalho verdadeiramente esforçado. E continuo sonhando com o dia em que as pessoas achem mais bonito ver uma pessoa que quer uma sociedade onde todos tenham direitos realmente iguais do que escutar alguém que se manifeste pelo meio ambiente.
Guilherme Schnekenberg